Jornal A Tarde, disfarça a noticia I

“INSEGURANÇA – Balanço na Grande Salvador mostra redução em assaltos a bancos e ônibus entre janeiro e novembro”

"Roubos a residências cresce 37,4% na Grande Salvador -A Secretaria da Segurança Pública (SSP) catalogou, nos 11 primeiros meses deste ano, um aumento de 37,4% na quantidade de roubos a residências na Grande Salvador, aqui incluída a capital e a Região Metropolitana (RMS). Os números saltaram de 486 registros em 2008 para 668 este ano, sendo que o mês de dezembro ainda não foi contabilizado, o que irá aumentar ainda mais esta diferença.
Somente em Salvador, no mesmo período, o aumento foi de 15,1%. Na região metropolitana, composta por 11 municípios, a elevação foi de 62,7%. Na média entre as duas regiões, chega-se aos 37,4% de aumento no número de roubos a residências na Grande Salvador, entre 2008 e 2009. "

É muito fácil enganar a opinião pública e infelizmente os jornais, principalmente, tem sido esse veículo mais predominante dentre as mídias. Claro que para tanto incentivos (mimos) oriundos dos governantes são a tônica disso tudo. Até para se retratar o caos, “jornalistas” se utilizam do jogo de palavras para mal informar ou mesmo desinformar o público, objetivando, agradar seus patrões e garantir assim os tão desejados anúncios, que na verdade, é quem garante de fato a receita operacional da instituição antes criada com fins tão nobres.

Observamos que para dar a noticia do óbvio, a insegurança que reina hoje em dia em todos os segmentos da sociedade, a manchete de chamada da matéria primeiramente diz haver queda acentuada em outros índices do mesmo tema. Sabe o editor que mais das vezes nossos parcos leitores fixa muito mais a manchete e se a matéria trata de uma realidade, colocação sutil alivia a consciência do incauto leitor a serviço dos políticos.

Os índices de violência estão altíssimos, completamente fora de controle, tanto assim que muito embora esses dados estatísticos estejam apresentados muito altos, ninguém em sã consciência acredita de fato, se retratar de números confiáveis, pois que, se nem delegacias disponíveis há, para se efetuar queixas, como então, catalogar seriamente essas informações.

Para o cidadão atento, pior ainda do que o mascaramento de dados, subtraindo o direito da denuncia do agredido, é encobrir, mesmos esses inconsistentes, com uma frase de efeito disfarçando o contexto geral.

Dizer, por exemplo: “INSEGURANÇA – Balanço na Grande Salvador mostra redução em assaltos a bancos e ônibus entre janeiro e novembro”, para só em seguida trazer a tona o texto real e objetivo da matéria, “Roubo em residências cresce 37% em 2009” é golpe baixo na informção.