quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Efeito dominó à vista


"A abertura de processo de impeachment do governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), foi aprovada no início da tarde de hoje pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa. A votação dos quatro pedidos de impeachment foi unânime e deixa clara a decisão da base aliada de não dar mais sustentação política ao governador. Arruda é acusado de comandar um esquema de recebimento e distribuição de propinas, chamado de "Mensalão do DEM", e está preso na sede da Polícia Federal (PF) desde a semana passada por obstrução da Justiça.

"Embora reconheça a boa gestão do governador, é preciso admitir que ele feriu a ética e os princípios constitucionais, o que acabou provocando sua restrição de liberdade", afirma parecer do relator Batista das Cooperativas, aliado do governador afastado. "Nada fazer seria quase como um incentivo ao delito, à impunidade, seria uma agressão à mora", consta no texto.

"Acatar os pedidos de impeachment não significa reconhecer a culpa, não significa condenar. Permitir que o processo se inicie oportuniza o amplo contraditório. Dá aos acusados o amplo direito de defesa", pondera o relator, no parecer. Os processos seguem agora para uma Comissão Especial que terá dez dias para analisar o mérito dos pedidos.

Uma vez aprovado pelo colegiado, os processos seguem para o plenário, onde Arruda terá 20 dias para apresentar a defesa. Se aprovado pelo plenário, o governador é afastado do cargo por 120 dias. Durante este prazo, uma comissão formada por cinco desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) do DF e cinco deputados distritais dará a palavra final sobre o impeachment."

A casa caiu, mas tem muitas outras casas condenadas, falta apenas um empurraozinho e elas se demolirão sucessivamente... Assim como num efeito dominó. Não há mau que sempre dure, diz o ditado popular, aguardemos.

Mas enquanto isso, o ex-deputado José Dirceu, já vai reerguendo a sua, antes desmonorada também, quando era ministro da Casa Civil, um dos mais prestigiado da República até então, na época do outro mensalão... O do PT, lembram?.

José Dirceu, apontado como o chefe do mensalão anterior, havia dito que iria parar de atuar por trás das cortinas e assumir seu apoio à chapa de Dilma publicamente e trabalhar ativamente na campanha se assim fosse o desejo da ministra. Ela, lógico, disse: "Ele é um dirigente do partido e como tal vai ser considerado. (...)Todos os dirigentes, todos os militantes do PT são bem-vindos, até porque deles eu dependo para me eleger".

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