sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Torcedor, ponha suas barbas de molho

"O presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Guimarães Filho, move um processo contra o jornalista e escritor João Carlos Teixeira Gomes em razão de críticas à diretoria do clube, no artigo "Como salvar o Bahia", publicado no jornal baiano "A Tarde". Apresentado em 27 de outubro, o processo "2925365-2/2009" corre na 15ª Vara Crime de Salvador e será apreciado pelo juiz Antonio Silva Pereira.
Em entrevista a Terra Magazine, Guimarães, cartola e deputado federal (PMDB-BA), expõe o trecho que motivou a ação judicial:
- Eu não tô aqui agora nem com a ação, nem com o texto, o que eu vou tentar reproduzir talvez não seja literalmente a mesma coisa, mas foi algo do tipo: o dinheiro do clube sai pelos ralos ou pelos bolsos de quem o dirige. Eu acho que aí, né... Já passa do limite - avalia, defendendo a interpelação." (Terra Magazine - por Bob Fernandes - repercutido pelo http://www.futebolbahiano.com/)

Muita gente, até hoje é assim, se notabilizou na Bahia e no Brasil comprando a famosa briga com cachorro grande. Recentemente ouvi numa emissora FM de Salvador, alguém confirmar que se notabilizou no jornalismo ao criticar sistematicamente o velho senador, até que determinado dia, o ômi da cabeça branca deu uma resposta mais dura através de nota oficial do seu governo. Pronto, o cara é celebridade até hoje.

Garanto, não estou falando de João Carlos Teixeira Gomes, da foto acima, velhinho de rosto simpático por sinal, lembra meu falecido pai, que Deus o tenha e guarde lá no céu. Estou falando de outro mais famoso até, pelos veículos de mídia que domina segundo dizem, só no radio já vão mais de 200 municípios baianos. O simpático Joca, agora processado pelo Presidente do Bahia, no passado também se notabilizou por encrencas com ACM, ficou famoso merecidamente até, afinal a ignomínia da ditadura atingiu a todos, portanto defender os atingidos, além de brioso, também deu voto e galhardia, não à toa que o discurso se mantém vivo até hoje, pena que os compromissos dos defensores de última hora, não venham acompanhado da retórica e tenha servido tão somente como elemento de impressionismo nesses últimos tempos.

O futebol baiano segue caindo pelas tabelas, mas ainda é um dos mais politizados, pra não dizer, apor calhados do Brasil, pois que os grandes discursos só puxem brasa para sua sardinha e quase sempre o fracasso se acentua. Bahia e Vitória, quando escrevo, lutam para não serem rebaixados, enquanto isso interesses de toda parte minam suas direções no intuito de fragilizá-los cada vez mais de forma a convencerem os incautos de que seus nomes ou grupos é a melhor saída.

No Vitória explodiu de uma hora para outra essa crise de poderes, não à toa que coincidiu justo no momento mais crucial, as vésperas do jogo contra o Barueri, jogo de vida ou morte, pois que uma derrota novamente para o jovem Time do interior paulista pode encaminhar definitivamente o rubro negro para o rebaixamento mais uma vez. Já no Bahia, Joca, que normalmente não participa da vida esportiva nem do Bahia nem da Bahia, depois de uma reclamada acintosa, quando subliminarmente atinge o Presidente do Clube com a alcunha de ladrão, faz setores da imprensa, devidamente orquestrada, reavivar sua entrevista superada e lembrando a todos o vínculo político do presidente do Bahia com política partidária passadas, ainda na pecha da ditadura oportunistamente inesquecível, justo agora, por quê? Será que os que tanto amam o Bahia não podiam esperem segunda-feira chegar, ou preparam-se para a possibilidade da bancarrota?

Torcedor aprenda a indignar-se por conta própria, pois a indignação do outro a ele pertence.

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