segunda-feira, 29 de junho de 2009

Granja do Torto ou Pardieiro


Com cara de poucos amigos, Lula e Marisa puxam a procissão

Não sei a origem do nome - Granja do Torto, sei que na minha educação juvenil, aprendi que torto é o individuo malfeitor, tinha até um dito muito popular destes tempos juvenis: Pau que nasce torto, não tem jeito morre torto. Essa era uma alusão aos maus elementos que teimavam em seguir à margem da sociedade, produzindo badernas, os foras da lei, talvez por isso esse nome tenha caído tão bem ao antro que se tornou aquela granja ou pardieiro durante a sua história.

A noticia de uma festa junina a caráter vindo dessa tal Granja do Torto, residência de lazer presidencial nos arredores de Brasília, que ficou mais famosa quando da passagem por lá do Presidente João Figueiredo, aquele que disse que ser pobre no Brasil é preferível dar um tiro no côco, ou seja, quis dizer que nascer pobre no Brasil é preferível dar um tiro na cabeça, suicidar-se, mas que não decidiu nada a favor dessa pobreza para mudar essa condição da maioria brasileira, como também nenhum outro tem feito, quando muito, vão sendo mantidos mais pobres ainda, para poderem continuar votando, nos fornecedores da ração.

A tal festa, muito mais do que uma simples festa junina ou um rega bofe com dinheiro público, foi uma palhaçada simbólica, pois foi feita para dar ênfase e importância à festa dos caipiras nordestinos, assim justificar os investimentos da Petrobrás na festa junina, dispersando os altos investimentos da estatal em prefeituras amigas do governo, mantendo o pão e o circo para garantir os palanques que se aproximam, tanto assim que os que lá compareceram a “caráter” terno e gravata, foram dispensados, só participaram os que vieram vestidos a “caráter” roupas de tabaréu – Camisa xadrez, calças remendadas, maquiagem de desdentados e barba por fazer.

Na política tudo tem significado, não existe nada por obra do acaso, o planejamento estratégico só tem uma via e os atores sabem muito bem disso: Quem não vestiu a camisa da metáfora ficou de fora desde logo, mas como a mamata é boa, vale o sacrifício de mais alguns meses, pensaram e agiram assim parte dos que lá compareceram vestidos a caráter, outros preferiram ser barrados no baile ou se desculparam naturalmente.

A noticia:
“O presidente Lula promoveu na noite deste sábado (27) a tradicional festa junina na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília. Ministros, assessores e amigos foram convidados.
O movimento na Granja do Torto começou por volta das 20h30. Os ministros deixaram carros oficiais e motoristas de lado e foram de carro particular. A festa começou com uma procissão liderada pelo presidente Lula, que segurava um estandarte com imagens de santos.
Os convidados foram vestidos a caráter, com trajes caipiras. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que não era uma presença certa, compareceu. Já os ministros da equipe econômica – Paulo Bernardo, do Planejamento, e Guido Mantega, da Fazenda – não foram. “

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