Por Rui Carvalho: Na reta final do 2º Turno, fica evidente a preocupação com 2010

O Governador Jaques Wagner acusou o golpe deferido por João Henrique quando do último debate na Tv Itapoan da Rede Record. Na ocasião João usou o termo "lerdeza" para acusar o governo de Wagner nas ações governamentais ou até mesmo em obras necessárias aos baianos, como é o caso do estádio de Pituaçú, que tem privado o Bahia de se apresentar em Salvador.
Demonstra Wagner ao chorar no pé do caboclo (Lula) que não tem o respeito necessário para manter a parceria com os peemedebistas baianos. Verdade é que bateu excessivamente na Prefeitura de João, como se o gestor municipal, fosse peça insignificante dentro do partido aliado, o PMDB. Quebrou a cara, João reagiu, Gedel deu apoio e autorizou os ataques, afinal, foi essa a iniciativa que a população aprovou na nova atitude de João, garantindo inclusive a distancia de 12% do seu oponente, Pinheiro.

O desespero surgiu no primeiro momento, quando o PMDB articulou a aliança com o DEM, mesmo que só para as eleições como já se divulgou, pois sabe Wagner, o perigo que é manter o carlismo vivo, principalmente depois da participação do DEM no primeiro turno com seus importantes 27% dos votos válidos da capital baiana. Ora, como pretendia esse distanciamento entre PMDB e DEM, se de pronto se aliaram a Imbassay sem pestanejar. Foi muita prepotência do PT de Salvador, como classifica João.

Se o PT considera o PMDB tão fundamental assim para a governabilidade daqui pra frente, como pode, tão ingenuamente, por conta desse pleito, atacar sem discriminação alguma o parceiro? Foi muita ingenuidade achar que João ficaria na campanha paz e amor e vê seu projeto desabar, verifique-se que o PT já demandou diversas ações na justiça eleitoral para barrar a campanha de João e isso tudo depois de ter participado de mais da metade do seu governo, sem contar, que vem atribuindo a João responsabilidades pela não execução do metrô, favelização da orla e até possíveis falhas no PDDU de forma indiscriminada, bem como barrado o crescimento do BOLSA FAMILIA na capital. O próprio Wagner disse ontem (23) em Brasilia: "Para viver junto, é preciso haver respeito mútuo. É preciso ter espírito de equipe", em visível irritação aos ataques de João, que aliás deve se repetir hoje em novo debate, dessa vez, na Tv Bahia, afiliada da Globo.

Para amenizar a situação o Presidente massageou o ego de nosso Wagner, muito embora de forma indireta ao recebê-lo em audiência que não estava agendada, deixando-se fotografar ao lado de Wagner e avisando que segue apoiando a Bahia com os recursos necessários, em especial para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).O presidente disse lamentar os ataques que o governo baiano vem sofrendo durante esse segundo turno de campanha municipal. Wagner revelou ainda que teve uma conversa reservada sobre o assunto com o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, da qual não quis fornecer detalhes. O fato é que um eventual rompimento com o PMDB criaria dificuldades para o governo estadual. Na Assembleia, a saída do PR deixou o governo com maioria apertada, e com sérios entraves nas comissões, onde ficou em minoria.

Tem um ditado popular muito difundido nas ruas entre os mais politizados da população: O PT não carrega piano. para outros tocarem. Talvez esteja aí a dificuldade. A voz do povo a voz de Deus.