Geddel que se cuide

Vamos profetizar - É nisso que dá criar um blog para expor idéias e mandar recados, logo logo, o tal blogueiro vai se aprofundando nas suas temáticas e começa a opinar como se grande conhecedor fosse do tema de sua preferência, principalmente se encontra coro entre seus parcos leitores e amigos, mas nisso tudo tem uma vantagem, aprende a desamarrar-se de velhos conceitos e aceita mudança de paradigmas mais naturalmente.

Parece pelo histórico de convivência anteriores do atual ministro Geddel Vieira Lima, a turma não confia muito nele não. Essa articulação de Paulo Souto em direção do PSDB tem tudo a ver com essa mística de Geddel, ser um líder, digamos, meio fluídico. Todo mundo já se aproximou dele, inclusive o próprio Wagner ainda não se distanciou, o que significa que até aqui, Geddel, é o maior jogador de todos, se assim for, corre o sério risco de se desgastar excessivamente, é só observar os exemplos dos BBB’s.
A política é muito dinâmica e por isso, seu enredo é construído ou desconstruído num piscar de olhos, tanto assim, que adiantar-se em candidatura prematura, fora do tempo real, mais das vezes produz o linchamento do apressadinho, a não ser, é claro, quando a situação já está bem definida, como é o caso de Dilma, ainda assim, por ser uma chapa de continuísmo com a dinheirama e apoios garantidos por programas previamente projetados para isso.
Por hora, vou profetizando assim: Wagner guarda o seu vice para indicação de Geddel, isso sob protesto da maioria inconseqüente petista, que preferem uma chapa puro sangue. Geddel, com um olho no padre e outro na missa, articula a viabilidade de sua própria candidatura, se confirmando isso, vai buscar seu vice no DEM, sendo Souto candidato ao Senado apoiado por Geddel. Souto não confiando em Geddel, paquera o PSDB, que na Bahia nunca se estabeleceu, dada as divergências de Jutahy, ou seja, se Geddel der pra trás, Souto concorre pelo PSDB, atrai Jutahy, Imbassay e certamente um vice do DEM que luta pra manter-se vivo, mas que jamais será Neto. Nisso tudo, quem termina perdendo é Geddel, que de tanto guardar o coelho na cartola – DEM - corre o risco agora de perder para o PSDB. Sem o apoio de outro partido forte, pode Geddel, ainda o nome mais forte para enfrentar Wagner, tornar-se uma carta fora do baralho, conformando-se com uma candidatura ao Senado apoiada pelo PT ou até mesmo pelo PSDB, mas nesse caso indicaria JH para vice de Souto. É nisso que da, essa história de gato mestre, tanta expectativa que ao final cansa.