sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nem, o melhor de todos


Não costumo me ater muito sobre o que diz os comentaristas, claro, leio e ouço-os com todo prazer, mas costumo formar uma consciência crítica independente, muitas vezes, é claro, por conta de minha paixão tricolor também, mas procuro nunca me enganar para satisfazer meu ego, mas também, quando identifico falhas pelo que torço, não alardeio aos quatro cantos, como se costuma dizer, só para parecer um arauto da consciência crítica, antes, pelo contrario, busco os pontos positivos, que possam ajudar nosso tricolor a sair da mesmice, diferentemente disso, costumo agir quando o assunto é política. Rsrsrs.

Aproximamo-nos da reta final do campeonato baiano, um campeonato fraco e deficitário, mas que serve para que os nossos ‘grandes’ testem suas forças, para mais uma vez adentrarem no campeonato brasileiro, com um mínimo de condição para enfrentar o rico futebol brasileiro do sudeste, já que nós, da banda do norte, nordeste, apenas somos meramente coadjuvante.

Costumo pensar que no futebol do Brasil continental, o investimento individual de cada agremiação é diretamente proporcional às suas conquistas, principalmente agora que aderimos os sistemas estrangeiros de competir por pontos corridos, quando nessas regras, a infra-estrutura é o que conta mais, diferentemente de competições do tipo mata-mata, que tanto nos apetece.

Ao longo da competição do‘baianão’ de 2009, quando o tricolor buscou revolucionar, depois de alguns anos de ostracismo e lengalenga, visualizamos algumas ações de planejamento que parece ficou bem clara, para utilização de curto prazo, já que, ações de médio e longo prazo, se mostram inviável para um Clube nos moldes do Bahia.

O esperto Paulo Carneiro, gestor do futebol tricolor, formou um time competitivo, mas, claro, sem muitos recursos ainda, limitados em alguns setores, principalmente no ataque. Se bem olharmos, o Bahia construiu uma base assim delineada por este blogueiro: Contratou alguns jogadores eficazes, para, assim suportado, tentar o que sempre se mostra o mais viável, contratar bom e barato, só que esse bom e barato normalmente é um sujeito oculto no processo, tendo, pois, que fazer apostas, ou seja, correr riscos, por isso, grande o número de contratações e dispensas, tudo na tentativa de captar uma peçazinha pelo menos. Quando acerta o alvo, se ganha dinheiro, notoriedade para o Clube e a aprovação da mídia, mas, mais das vezes esses chamados jogadores ‘emergentes’ terminam dando com os burros n’água, no dizer popular.

O Bahia chega à final desse campeonato para enfrentar o seu principal rival, praticamente com os mesmos jogadores que pensou como esqueleto desse conjunto, sendo que dessa vez, praticamente não conseguiu captar uma surpresazinha sequer para somar aos esforços que precisamos nessa competição que se avizinha. Campeonato Brasileiro da Série B. Competição essa, no dizer de todos os baianos, transitória, apesar de não ter sido assim tão transitória como gostaríamos que fosse, porquanto, nos perdemos no meio dela e ainda não fizemos por merecer uma melhor ‘sorte’. A bem da verdade, o Bahia chega mais fragilizado do que se encontrava em meados desse campeonato, claro, apenas mais treinado, já que perdeu um dos seus principais jogadores, praticamente feito por aqui mesmo, Alisson, zagueiro que muito bem vinha se ajustando com Nem, primeira grande contratação, do ponto de vista da eficácia.

Na pratica o planejamento do Bahia funcionou. Apenas do ponto de vista estratégico ficou a desejar, porquanto o futebol ser muito afeito a imponderabilidade, por exemplo, nenhuma das ‘apostas’ funcionou ainda a contento, vide os jogadores do ataque, principalmente Beto e Reinaldo alagoano, não tem surtido os efeitos esperado, ficando boa parte dos gols marcados pelos esforçados homens de trás, Nem, Evaldo e outros.

O que se observou de fato nesse planejamento de Paulo Carneiro foi: Na impossibilidade de formar um time de competências individuais mais uniformes, privilegiou alguns setores e estilos de jogadores, para, mais à frente promover os ajustes necessários, coisa que ainda não se no campeonato baiano, ficando as contratações mais esperadas, fora do contexto atual, o que por si só caracteriza, uma priorização na competição mais à frente, muito embora, ninguém assuma essa atitude, pois que, o tricolor amarga um jejum de títulos regionais e o torcedor se recente dessa negligência.

Conta o Bahia, do ponto de vista da eficácia, apenas com, Patrício, Nem, Rubens Cardoso, Leandro, Elton e Leo Medeiros, sendo todos os demais, dito, complementos. De qualquer forma, essa base tem se mostrado suficientemente forte para conquistar o título baiano de 2009, já que se trata de uma equipe bem ajustada e com maior discernimento do que o inconstante rubro negro, perdido em suas conjecturas.

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