sexta-feira, 22 de maio de 2009

Reforma política a vista

Vem ai, enfim, um dos mais sérios debates políticos, temas que há muito vem sendo reclamado no país. Trata-se de reforma política. para tanto dois Projetos de Lei já ocupa as atenções e irão a plenário em regime de urgência, na terça-feira (26). Os partidos encontram-se divididos até internamente. As matérias em questão vão regulamentar – Financiamento de campanha e a tal lista fechada. Que Deus nos ajude, até porque tudo indica as emendas soam piores do que os sonetos.

Sobre listas fechada, talvez aí a maior polêmica, pois muitos acreditam que a sociedade ainda não está preparada para votar em candidatos que não conhece e com os quais não tem a menor identidade, esse um argumento muito forte, já que a mudança de paradigma é sempre muito difícil até para os mais esclarecidos, quiçá para os que vivem dos favores do governo.

Como funciona as tais Listas Fechadas: Os eleitores votam basicamente no partido que apresentou previamente em convenção uma Lista preordenada, quais candidatos ocuparão as vagas destinadas aquele partido, numa espécie de fila.

Vantagens:
1. Acaba o absurdo de um partido se reunir e com os votos de todos eleger apenas um, e esse danado absorver pra si os louros dos votos de todos e sequer dar satisfações aos que ficaram para trás, mais das vezes, o ingrato abandona até a legenda e arrota poderes se dizendo dono de uma cadeira conquistada com ajuda de seus pares. A falta de compromisso é tanta que o dito eleito, traz até assessores de outra legenda desprezando tudo, situação que o TSE vem tentando superar através de medidas como, fidelidade partidária e rigores contra o nepotismo. Nessa situação o partido passa a ser a principal estrela do processo ao invés do candidato em si.

Desvantagens:
1. Há grande insegurança quanto aos critérios de ordenamento dos candidatos. Caciques podem surgir a partir daí e impor suas decisões sobre o colegiado por conta de doação de campanha, ou seja, quem der mais vai para o topo da lista, abrindo um precedente muito perigoso: Pessoas ou partidos leiloarem vagas;
2. Privilegia quem já tem mandato, já que o critério do ordenamento observará os votos individuais da eleição anterior, ou seja, a Lista inicial parte da fila observada na diplomação passada;
3. Distancia o eleito do eleitor, já que o voto vai para a lista e não para o seu candidato preferencial;
4. Inibe a introdução de novos políticos, porquanto os recém filiados ocuparão os últimos lugares, salvo, na possível imoralidade do leilão de vagas, a mais temida das situações.

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