domingo, 1 de fevereiro de 2009

PMDB nega ansiedade por vitórias

O presidente do PMDB estadual, Lúcio Vieira Lima, garante que o seu partido não está assim tão ansioso por vitórias, como afirmei no post "Prefeito oferece a saída" (veja abaixo), e que desde a aliança firmada em 2006, que resultou na eleição de Jaques Wagner para o Governo do Estado, os peemedebistas sempre cumpriram sua parte e abriram mão de várias disputas em nome da boa convivência (citou como exemplos as eleições, em 2007, na Assembleia Legislativa, na UPB e até no Tribunal de Contas do Estado).
Ele lembra que, desde então, a única disputa real entre PMDB e PT se deu agora na eleição da UPB, quando Roberto Maia (peemedebista e prefeito de Bom Jesus da Lapa) derrotou Luis Caetano (petista de Camaçari). Observa que, neste caso, foi o PT quem se lançou na disputa indevidamente, uma vez que a postulação natural seria do PMDB porque elegeu 115 prefeitos e obteve 1, 7 milhão de votos em 2008. E explica que na disputa atual pela presidência da Assembleia, o PMDB não está contra o PT e sim contra a reeleição de Marcelo Nilo, que é do PSDB, "tanto que se o PT lançar hoje qualquer nome, nós o apoiaremos".
A maior preocupação do presidente do PMDB é que seu partido possa ficar com a imagem de estar sendo "guloso" e querendo ocupar todos os espaços, quando ele acha que esta tem sido a característica do PT. "Nós, do PMDB, não somos tocadores de harpa, que só puxa para dentro. O PT é quem tem sido assim", explica Lúcio Vieira Lima.
Não quero entrar no mérito ou nas motivações, mas o próprio Lúcio admite que, desde as eleições municipais de 2008 em Salvador, quando o PT rompeu a aliança unilateralmente para lançar candidato contra o prefeito João Henrique, os compromissos dos peemedebistas com a coligação formada em 2006 mudaram de patamar. E que o PMDB tem lutado para preservar seus espaços, como aconteceu agora na Câmara Municipal de Salvador, quando o DEM queria ocupar a Presidência, vaga pela renúncia de Alfredo Mangueira, o Breve, que é do PMDB, e também na UPB. Na eleição da Amurc, citada no post, ele garante que não há toda esta mobilização e que o apoio do partido ao seu filiado que disputa a presidencia da entidade é natural.
O certo é que o PMDB pode até não estar "ansioso", como escrevi no post, mas não há dúvidas de que está empenhado em acumular forças para o futuro. E quanto à eleição para síndico de edifício, Lúcio Vieira Lima não nega que o seu partido entre em qualquer disputa, mas ressalta que, para isto, será preciso que um peemedebista seja o candidato e que sua pretensão seja justa, legal e defensável do ponto de vista político.
(Paixão Barbosa)

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