"Quem não teve a oportunidade de garantir o ingresso para o jogo da Seleção Brasileira contra o Chile, no próximo dia 9, pelas Eliminatórias da Copa de 2010, em Pituaçu, terá que se contentar em assistir à partida pela televisão. Estão esgotados os 27.677 ingressos disponíveis, logo no primeiro dia de vendas, neste domingo".
CONTRASTE: "Na sede do Esporte Clube Periperi, no subúrbio ferroviário, uma circunstância um tanto quanto inusitada. As cinco bilheterias estavam completamente vazias. Tanto que, às 11h30, pouco mais de 20 torcedores haviam garantido presença".
Observem a foto acima. Um grupo de pessoas que protestam, mas no semblante dos insatisfeitos não se observa frustrações além da conta, antes, quem protesta certamente vai estar lá em Pituaçú no dia do jogo, pois tem grana para pagar mais caro no tradicional cambio paralelo que nestas ocasiões, no mundo todo, acontecem.
Outro detalhe que salta aos olhos dos que observam a cena, mesmo, an passant. Não há negros nesse tipo de público. Nesse caso, o negro foi excluído pelo bolso, pois que, ainda tem os resquícios de uma abolição abrupta e inconseqüente patrocinada pelos senhores feudais, por ocasião da Lei Áurea. Ao invés de empregarem os ex-escravos, preferiram dispensá-los para contratar emigrantes europeus, estabelecendo o caos social até hoje, ou seja, boa parte da população de cor da Bahia, ainda não superou os problemas inerentes àquele processo.
Como pode um evento tido como o esporte mais popular, não ser apreciado pelo povo? Observem que em Salvador, aproximadamente 87% de seu povo é de etnia negra. Como, pois, não vimos os de cor preocupados em adquirir ingressos? Será que o baiano não gosta de futebol?
É como afirmei no comentário da postagem anterior - Jogo da Seleção, festa na laje - é o que resta fazer o alegre torcedor baiano neste dia de festa, ver pela televisão, regado a cerveja, espetinho de gato e um pagodezinho esperto. Fazer o que?
Observem a foto acima. Um grupo de pessoas que protestam, mas no semblante dos insatisfeitos não se observa frustrações além da conta, antes, quem protesta certamente vai estar lá em Pituaçú no dia do jogo, pois tem grana para pagar mais caro no tradicional cambio paralelo que nestas ocasiões, no mundo todo, acontecem.Outro detalhe que salta aos olhos dos que observam a cena, mesmo, an passant. Não há negros nesse tipo de público. Nesse caso, o negro foi excluído pelo bolso, pois que, ainda tem os resquícios de uma abolição abrupta e inconseqüente patrocinada pelos senhores feudais, por ocasião da Lei Áurea. Ao invés de empregarem os ex-escravos, preferiram dispensá-los para contratar emigrantes europeus, estabelecendo o caos social até hoje, ou seja, boa parte da população de cor da Bahia, ainda não superou os problemas inerentes àquele processo.
Como pode um evento tido como o esporte mais popular, não ser apreciado pelo povo? Observem que em Salvador, aproximadamente 87% de seu povo é de etnia negra. Como, pois, não vimos os de cor preocupados em adquirir ingressos? Será que o baiano não gosta de futebol?
É como afirmei no comentário da postagem anterior - Jogo da Seleção, festa na laje - é o que resta fazer o alegre torcedor baiano neste dia de festa, ver pela televisão, regado a cerveja, espetinho de gato e um pagodezinho esperto. Fazer o que?
Bom mesmo Bahia e Vitória pensarem bastante antes de comprometerem o futuro de seus jogos em arena milionária, já que depois da seleção, esse público que hoje luta para adquirir ingressos não é o mesmo que frequenta Barradão e Pituaço .
A realidade nua e crua é que o baiano, frequentador habitual de estádio, (os de Periperi) não frequentará a nova Arena, é a realidade baiana. Podem torcer o beicinho os ávidos por mudanças além da ordem.
Um comentário:
Na verdade não há nenhum branco na foto, todos são mestiços como 99 por cento da população baiana e os da foto tem características tipicamente mestiças.
Postar um comentário