quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Qual é o valor do diploma de jornalismo agora?

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 17 de junho, que suspendeu a obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão, afinal de contas, mudou em que a realidade das redações? Esta indagação, que tem permeado principalmente o universo dos estudantes de jornalismo, motivou a coordenação do curso de jornalismo do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) a promover, nesta quarta-feira, 12, o debate intitulado Qual é o valor do diploma de jornalismo agora?

Estive na Jorge Amado, não necessariamente para o evento que norteia a cabecinha dos estudantes por conta da nova demanda que pode advir com essa resolução do STF de não tornar exigível o canudo de jornalismo para exercício da profissão.

Fui para outro evento, mas não pude me furtar ao tema. Era de doer ver a preocupação dos futuros formandos, depois de tanto investimento de tempo e dinheiro em formação profissional, pois queiram ou não, a qualificação termina ficando em segundo plano quando se vê o símbolo da conquista desprezado, o diploma.

A auto-estima, de fato fica muito baixa, não tem como ser diferente, principalmente entre os mais novinhos, os ditos focas, que querem garbosamente ostentar seu canudo tão cobrado e de repente, além dele, vai ter que provar bem mais, pois que já entra na dividida com o seu objeto de ostentação depreciado. Os jovens, bem mais ambiciosos do que os que se requalificam no curso, estes sofrem bem mais, pois os mais maduros, que agora lotam as faculdades, estes embora corram atrás do papé também, mais das vezes, nem precisam tanto dele, assim.
O curso de jornalismo, hoje, é bem freqüentado por profissionais em exercício no ramo, mas esses já estavam convencidos da necessidade dessa requalificação, nem tanto do diploma em si. Pelo que se pode observar empiricamente, é claro, o curso de direito, parece, vai ser o destino de muitos futuros jornalistas, é duro!

A situação é tão frágil que o questionamento do currículo do curso já é bem mais debatido agora, como se essa decisão tivesse algo a ver com a formação dos alunos do curso. É sabido que o mercado por si só, está fadigado, mas nem por isso o diploma pode ser preterido.

De fato o mercado quer o competente, isto é público e notório, mas nem por isso instrumentos legais devem ser desprezados. Como fica, pois, a questão frente a concursos públicos? Por exemplo: Outros profissionais vão disputar também esse mercado, como os advogados, administradores e economistas, tão afeitos ao jornalismo? Essas são as faces de uma mesma moeda, nesse caso, o que dá pra Chico não dá pra Francisco, pois o caso inverso não se aplica.

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